RECUPERAÇÃO ACELERADA

Como a fisioterapia está transformando o pós-operatório de cirurgias plásticas

Como a fisioterapia está transformando o pós-operatório de cirurgias plásticas

por ELISE BOZZETTO

Camila Rossi
sempre teve um
desejo claro:
ajudar as pessoas a se
recuperarem de cirurgias
de forma mais rápida e
com menos sofrimento.
Formada em fisioterapia,
com formação na
Espanha e especialização
em dermatofuncional,
ela se tornou referência
no Vale do Taquari
ao aplicar técnicas
inovadoras no pós
operatório de cirurgias
plásticas, proporcionando
uma recuperação mais
leve e confortável para
suas pacientes.

“Foi durante a pós-graduação que despertei para os cuidados no pós-operatório”, relembra Camila. “Desde então, investi em cursos e especializações para entender melhor o trauma cirúrgico e como ocorre a recuperação tecidual e desenvolver técnicas que acelerassem a recuperação com menos dor. A introdução de métodos como o taping revolucionou minha prática.”

Entendendo o trauma da cirurgia plástica

Cirurgias plásticas, embora desejadas por muitas, trazem consigo um trauma significativo para os tecidos do corpo.
Esse processo causa a liberação de líquidos e sangue, forman do edemas e equimoses – os populares “roxos” – que resultam em dor e limitam os movimentos. Esse processo inflamatório, comum após o procedimento, pode transformar o período de recuperação em um desafio físico e emocional para o paciente.
Camila explica que, assim como as técnicas cirúrgicas evoluíram, a fisioterapia também vem avançando. “Hoje, realizamos um acompanhamento que começa antes da cirurgia, passando pelo intraoperatório e se estendendo ao pós-operatório. Com isso, conseguimos reduzir o trauma e otimizar a recuperação”.
Uma das ferramentas que a fisioterapeuta utiliza é o taping, uma bandagem elástica que, aplicada ainda na sala de cirurgia, ajuda a controlar o edema e a reduzir as equimoses. “Essa técnica impede que o inchaço se forme em excesso e, com isso, diminui o desconforto. O taping também atua no controle da inflamação, o que resulta em menos dor”, explica a fisioterapeuta.
Além disso, Camila introduz exercícios leves de mobilização para ajudar as pacientes a retomarem a autonomia dos movimentos. “A aplicação do taping combinada com a mobilização precoce permite que as pacientes sintam menos dor e recuperem a mobilidade nos primeiros dias do pós-operatório, o que seria impensável alguns anos atrás”.

Uma recuperação acelerada

Com a abordagem que Camila utiliza, o tempo de recuperação pós-cirúrgica foi reduzido drasticamente. “Pacientes que antes levavam três meses para ver um resultado maior, agora conseguem visualizar ganhos mais rápidos na recuperação”, conta. Esse avanço tem transformado a qualidade de vida das
pacientes, que voltam ao trabalho e à rotina com muito mais rapidez e segurança.

As pacientes relatam não só uma recuperação mais rápida, mas uma experiência pós-operatória mais confortável. “O suporte que oferecemos logo no início do processo é fundamental para diminuir o desconforto e a ansiedade das pacientes.
Elas sabem o que esperar e têm orientação constante para cada fase.”
Embora o foco inicial tenha sido o pós-operatório de cirurgias plásticas, o taping pode ser utilizado na reabilitação do pós-parto, tanto natural quanto cesárea e em outras cirurgias
como ortognáticas, ginecológicas e ortopédicas. “A demanda pela fisioterapia no pós-parto cresceu muito, o que mostra o reconhecimento da importância do fisioterapeuta na recuperação integral do corpo,” comenta.
Além disso, sua abordagem está em sintonia com uma visão preventiva, fundamental para evitar complicações. “A falta de acompanhamento adequado pode levar a problemas estéticos e funcionais, como fibroses e aderências, que comprometem o resultado da cirurgia,” explica. Por isso, Camila dedica atenção à orientação de cada paciente, passando instruções detalhadas sobre postura, uso correto de acessórios e exercícios
que previnem complicações.

Momento de vulnerabilidade

O pós-operatório é um momento de vulnerabilidade, e o suporte correto é essencial para uma recuperação saudável e bem-sucedida. “Esse é um período em que a paciente precisa de acolhimento, confiança e orientação detalhada. Cada orientação sobre movimento, mobilidade e cuidados com a cicatriz faz parte do processo para garantir uma recuperaçãoplena e confortável”.
A fisioterapia acaba sendo hoje uma aliada indispensável em cirurgias plásticas e em outros procedimentos invasivos. Sua prática reflete não só um avanço técnico, mas também um olhar atento e sensível para o bem-estar da mulher, consolidando a fisioterapia dermatofuncional como uma etapa importante no tratamento pós-operatório de cirurgias.

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